Última chama - poema do livreto "Afeto Cura"
- Flor Priscila
- 10 de abr. de 2024
- 1 min de leitura

Perdura a palavra,
Inunda,
Dura é a lembrança da raiva,
Enxurrada canina, seca,
Você feliz na linha do rol,
Fresta de luz fraca brilhando a testa
e o sorriso de canto ameaçando o adeus.
A palavra é o fogo ardente,
Transforma afeto em pó,
Eu me queimo nua,
Ainda tão sua que me desmonto só.
E o velho enredo se repete,
Depois da loucura, a lucidez máscula,
Água fresca pinga na terra que já secou.
Você permanece com a palavra branda,
Diz que a raiva é imunda,
que amarra e afunda quem dela viver,
E mais uma vez Tim toca fundo,
Só que agora saio
sem rumo para renascer.
Flor, Priscila
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